Phoebio (Ascophyllun Nodosum)

Grãos, frutícolas, hortícolas e carnes se destacam num cenário de alta demanda e foco em sustentabilidade. Somente em grãos, em 2022, Brasil disponibilizou 70 milhões de toneladas a mais que em 2018. O que representa um aumento de 30% da produção sem aumentar área já utilizada para agropecuária. O segredo para tal sucesso é a evolução da tecnologia e o aumento do conhecimento aplicados no campo. Os bioestimulantes, por exemplo, são uma dessas ferramentas.

Plantas têm a capacidade de absorver energia da luz através da fotossíntese e essa é apenas uma das milhares de reações químicas que compõem o metabolismo desses organismos. Os bioestimulantes são aplicados para estimular algumas dessas reações com o intuito de aumentar a eficiência na absorção de nutrientes, a taxa fotossintética e a tolerância a estresses abióticos como seca e altas temperaturas.  Essas substâncias ou extratos são divididos em alguns grandes grupos:

  • Aminoácidos e peptídeos;
  • Extratos de algas;
  • Ácidos húmicos e fúlvicos;
  • Fungos e bactérias benéficas;
  • Extratos vegetais

              Os extratos de algas são cada vez mais explorados e estudados para uso na agricultura. Sua composição com vitaminas, aminoácidos e peptídeos, ácidos orgânicos e nutrientes apresentam resposta agronômica positiva quando bem posicionados. Isto é, conseguimos reduzir perdas e otimizar os ganhos para produzirmos mais.

 

              No mundo todo, diversos tipos de algas são utilizados na agricultura; com destaque para a Ascohphyllu nodosum, uma alga que se concentra em regiões de águas frias, principalmente nos mares ao redor do Reino Unido e costa Oeste do Canadá. Como em qualquer cultura, essa alga também tem seu ponto ideal de colheita; o momento em que encontramos maior teor de compostos bioativos que poderão ser disponibilizadas no extrato.

 

              Além da colheita, o ponto crítico para garantir a eficiência do produto é a forma de processamento da alga. A maioria dos produtos é obtida através de um processo em 3 etapas:

  1. Secagem em altas temperaturas – degradam uma boa quantidade das vitaminas;
  2. Infusão em solução de hidróxido de potássio – com o pH próximo de 9, ocorre hidrólise alcalina e desnaturação de boa parte das proteínas;
  3. Evaporação e concentração – o produto final perde suas melhores propriedades e com o pH básico, aumenta a propensão a reações químicas com fertilizantes e outros produtos químicos e possuem pH ácido.

Pesando nesses pontos, a Caldic apresenta ao mercado o Phoebio, um produto obtido sem adição de hidróxido de potássio ou outro tipo de solução básica.  A alga é colhida em regiões selecionadas e em até 12 horas passa pelo processamento. A ação para rompimento das células da alga é estritamente física, sem adição de nenhum produto químico.

 

O suco obtido através desse processo possui alta concentração de vitaminas, polissacarídeos, fitormônios, proteínas, ácido algínico e várias outras substâncias em maior teor que os produtos fabricados por hidrólise alcalina. Além disso, mantém o pH natural ao da alga, próximo de 5. Ou seja, temos menores riscos de reações ácido/base nas formulações e um produto que tende a performar melhor.

 

Artigo escrito por Murilo Pauleli, Gerente de Desenvolvimento Agro Caldic LATAM. Para mais informações, entre em contato com m.pauleli@caldic.com.